março 23, 2017
Você já ouviu falar de Bonnie Hutterer Rossi? Ela é Sugar Baby há bastante tempo e no ano de 2016 participou do programa Superpop onde contou tudo sobre seu estilo de vida.
O portal beSugar conseguiu entrevista-la com exclusividade e o resultado deste bate papo incrível você confere abaixo.
Sua participação no SuperPop repercutiu no Brasil inteiro e bombou nas redes sociais. Você poderia se apresentar e contar um pouco de sua história?
Bonnie: Bom, nada foi planejado, simplesmente conheci o Gianni quando trabalhava como atendente bilíngue num restaurante num bairro nobre da capital de SP, fomos os primeiros namorados sérios um do outro, antes só tínhamos tido decepções e tentativas de namoros.
Ocorre que tudo foi natural e sutil, ele sempre quis uma mulher magra, alta, muito feminina, muito delicada, que andasse elegante (saias, vestidos…não aquela camisa e jeans todo santo dia!), uma mulher que o mimasse, que fosse carinhosa e bem humorada!
Ocorre que ele sempre ganhou mais que eu, porque era empresário, pagava as contas nos restaurantes, fazia mimos, muitos mimos, que nunca tinha tido com outras tentativas de namoro!
Fomos viver juntos, em apenas 4 meses, porque da casa dele, dava para eu ir a pé para o meu trabalho e para a faculdade nova! Uma enorme coincidência, após 3 anos, nos mudamos para São José dos Campos, então entrei num estágio.
O estágio pagava muito mal e acumulei matérias com notas vermelhas, aí ele exclamou: “- Pare de trabalhar até acabar sua faculdade! Serei um namorado Sugar Dad!” Aí eu fui pesquisar o tema e gostei!
Passei a falar abertamente nas redes sociais sobre amor, sexo, dinheiro e recebi críticas, perdi amizades…Eu não ligo, a hipocrisia faz a sociedade não admitir as coisas para si mesma!
Dei a entrevista para o Superpop e amei a experiência!
Casamos dia 7 desse mês e somos um casal como qualquer outro, só que não temos problema de dizer que sim, eu espero que ele se dedique mais ao trabalho e se preocupe mais com as contas da casa que eu e em contrapartida, ele fala na lata que quer que eu faça academia, me vista bem e esteja como uma princesa sempre, lembrando que já fiz alguns trabalhos de modelo e já tive um blog de moda. É crime ser bem sucedido ou bonito? No Brasil é! (risos)
Devido ao desconhecimento das pessoas, o Relacionamento Sugar é bastante confundido com a prostituição. Você poderia traçar um paralelo e dizer como você define o estilo de vida sugar?
Bonnie: É diferente, as pessoas distorcem de propósito. Prostituição é sexo por dinheiro e só.
Relacionamento, o nome já diz, é muito mais! Há embasamento científico para o estilo Sugar funcionar, que é a seguinte: a Teoria da Evolução das Espécies, publicada em 1859, de Sir Charles Darwin oferece uma hipótese plausível: há muitos milênios, as mulheres ficavam nas cavernas e nas tribos cuidando dos bebês e os protegendo.
Elas dependiam dos homens para trazer a caça e se alimentarem.
Os homens menos habilidosos com arco e flecha, lanças e outros materias, morriam jovens nas lutas contra outros homens e animais enormes, já os mais habilidosos viviam mais e continuavam trazendo comida para as mulheres de suas tribos.
Por viver mais, tinham rugas e cabelo grisalho.
Portanto há uma espécie de arquivo no cérebro feminino que tem a informação de que se ela procurar o homem mais velho (o que sobreviveu a luta) e com mais dinheiro (o que trazia o alimento para ela), ele terá mais condições de cuidar de seus filhos.
Os homens tem esse mesmo arquivo e isso explica a competitividade profissional e social (na política e nas hierarquias, por exemplo) tão forte entre eles.
Isso explicaria até a vontade de guerrear, em tese.
E eles tem também a informação contrária sobre nós guardada: o conceito de que as mais jovens são mais saudáveis para carregar o feto, sobreviver ao parto e cuidar dos bebês.
Em termos evolucionários, a única meta na vida é passar os seus genes para frente através dos filhos e cuidar deles até que eles sejam auto-suficientes para passar os genes deles para frente também. A reprodução é a única alternativa para seres mortais continuarem a existir pelo DNA que deixaram.
O estilo Sugar é basicamente isso, sob o ponto de vista científico.
Atualmente muitas plataformas que conectam Sugar Babies com Daddies e Mommies estão surgindo. Na sua opinião, o que essas plataformas podem fazer para tornar sua utilização mais segura e os perfis mais confiáveis?
Bonnie: Acho fundamental que todo site de relacionamento nos Termos de Uso, peça o CPF e avalie antecedentes criminais e não aceite fakes, há muita gente ruim no mundo, que quer usar a internet para praticar crimes, esses 2 fatores já auxiliam muito.
Geralmente Sugar Babies conhecem Daddies e Mommies na internet e depois de um tempo se encontram pessoalmente. Quais medidas de segurança para encontros presenciais você acha que as pessoas devem tomar?
Bonnie: Nunca entrar no carro no primeiro dia, motel jamais, aconselho verificar as redes sociais, as fotos da pessoa e após vê-la num local público umas 3 vezes, aí sim, ter uma noção de quem é e sempre avisar uma amiga onde foi, nos primeiros encontros, é uma referência que sabe que você foi conhecer alguém novo.
O relacionamento Sugar é algo que muitas pessoas tem dificuldade de compreender. Apesar disto é importante que amigos e a família estejam cientes que a pessoa esta participando deste mundo. Quais seriam bons argumentos na hora de explicar para as pessoas os benefícios de ser Sugar Baby?
Bonnie: Acho que varia muito, não há fórmulas, a sociedade ainda critica diversas coisas, ninguém é totalmente aceito e sempre seremos criticados, a partir dos 18 anos temos que enfrentar isso, dar a cara a tapa e correr riscos, não tem outra alternativa! Se vocẽ só viver os padrões que te impuserem, sua vida será uma mentira.
Sobre Salt Daddy e Salt Mommy. Você pode compartilhar algumas dicas para Sugar Babies detectarem falsos Daddies e falsas Mommies?
Bonnie: Não confie num Sugar que divide restaurante, jamais! Que nega caronas, que não paga um Uber ou táxi para você, que não te dá um presente. A regra de ouro é que a Baby sempre pensa: “- Com homem eu não dividiria nem marmita numa cadeia mista!” Porque se o cara não ralar para te ter, ele não valoriza.
Recentemente você se casou com seu Sugar Daddy. Agora, mesmo após o casamento, vocês ainda mantem uma relação Sugar?
Bonnie: O sentimento de amor veio de forma natural, não muda muito, eu fazia questão do casamento civil, pois acho uma formalidade válida, as fotos, o dia, tudo marca muito.
Mas não temos firula de fazer juras de amor shakespearianas, não. Aqui só rola a verdade, já está combinado que para ter filhos, vou querer ficar um período só em casa, então novamente ele se organizar com as contas é um fator que não é tabu, amor não enche barriga.
O ser humano só fica onde há alguma coisa de bom para ele, só sentimento não serve na vida real, até mãe, por mais que ame, gasta dinheiro para manter o filho, não sei porque com casais é tão errado falar de grana e beleza.
Vocês se relacionaram por 5 anos antes de se casarem. A expectativa da família e os amigos deve ter sido grande. Houve pressão ou preconceito por parte de alguém? Se houve, como vocês lidaram com isso?
Bonnie: Foram 6 anos vivendo juntos, às vezes alguém comentava, mas acho que todo casal é questionado sobre oficializar e ter filhos depois de um período, normal.
Para finalizar e aproveitando sua experiência. Quais dicas você daria para moças e rapazes que desejam se tornar Sugar Babies?
Bonnie: Nunca abra mão de tomar as suas decisões, as cíticas são o passatempo do medíocre que não se realiza e não suporta ver alguém feliz. Saia dessa vida de dividir ingresso de cinema, passando na loja ao lado para comprar bala de goma mais barata!
Pare de namorar quem não para em emprego e quer construir no terreno dos pais, que é acomodado, que não lê um livro, que não distingue vinhos, você vai jogar suas chances fora. A pobreza não é culpa do pobre, mas a pobreza traz muito sofrimento. O amor é construído.
É como na propaganda do cartão de crédito: você não compra algumas poucas coisas na vida, mas 90% delas dá para negociar sim!
O mundo real não quer saber de sentimentos, o mundo real é sobre casas, carros, contas em dia, faculdades quitadas, e não precisar não se humilhar para família!
Uma grávida solteira e pobre é muito maltratada, mas se for solteira e rica, as pessoas acham ok! Porque pode pagar empregada, babá, escolinha, arcar com tudo.
Até avós são meio falsas nesse aspecto, elas gostam de netos que não trazem peso emocional ou custos, só para visitar e dizer: “- Tenho um neto!” Vai bater na porta e pedir uma fralda ou para “olhar para você” porque não pode pagar escolinha integral…até a expressão facial delas muda!
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